quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eça de Queiroz

“Na cidade (como notou Jacinto), nunca se olham, nem lembram os astros – por causa dos candeeiros de gás ou dos globos de eletricidade que os ofuscam. Por isso (como eu notei) nunca se entra nessa comunhão com o universo que é a única glória e única consolação da vida. Mas na serra, sem prédios disformes de seis andares, sem a fumaraça que tapa Deus, sem os cuidados que, como pedaços de chumbo, puxam a alma para o pós rasteiro – um Jacinto, um Zé Fernandes, livres, bem jantados, fumando nos poiais de uma janela, olham para os astros e os astros olham para eles. Uns, certamente, com olhos de sublime imobilidade ou de sublime indiferença. Mas outros curiosamente, ansiosamente, com uma luz que acena, uma luz que chama, como se tentassem, de tão longe, revelar os seus segredos, ou de tão longe compreender os nossos..."
in "A Cidade e as Serras" de Eça de Queiroz


Uma reconhecida marca portuguesa de porcelanas e cristais lançou uma colecção do meu amigalhaço Eça.
Eu gosto do homem ok…não sei se gosto dele porque nunca tive a oportunidade de o conhecer, mas gosto meeeeeesmo da obra dele e não me importava nada de ter umas destas pecinhas.

Pena que sejam totalmente inúteis, caras e sofram de uma elevada probabilidade de conhecerem o chão de perto...pelas patas do Afonso.
Mas lá que são bonitas, isso são!


Para mim, assim como quem não quer a coisa, pode ser a Caixa Baralho de cartas A, o Porta Lápis, a Bandeja (com a caneca) e Caixa Regaleira Pequena A. Muito agradecida!!

1 comentário:

日月神教-任我行 disse...
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